A fibrose pulmonar idiopática
é uma condição grave e crônica que afeta o tecido dos pulmões. Quando saudável, esse tecido é macio e bastante flexível, o que permite uma respiração natural. No entanto, em pacientes com fibrose pulmonar, o tecido pulmonar é danificado
e torna-se cheio de cicatrizes.
É justamente esse processo de cicatrização que ganha o nome de “fibrose”, e uma vez instaurada no tecido, não se recupera mais.
O principal sintoma
da fibrose pulmonar idiopática é a dificuldade respiratória. À medida em que as cicatrizes se espalham pelos pulmões, a respiração vai ficando mais comprometida. A tosse é outro sintoma comum. Conforme o quadro progride, aparece o cansaço, que prejudica muito a qualidade de vida e o bem estar
da pessoa.
Neste artigo, vamos explorar as principais dúvidas sobre o que é a fibrose pulmonar idiopática, seus sintomas e formas de tratamento. Boa leitura!
Principais perguntas sobre a Fibrose Pulmonar Idiopática
Existe prevenção para essa doença?
Atualmente, estima-se que aproximadamente 13 mil brasileiros
sofram com a doença. Como os sintomas são parecidos com o de outras doenças respiratórias, esse número pode ser ainda maior.
O próprio termo “idiopática” se refere a doenças que não possuem causa definida.
Isso significa que os médicos não sabem porque ela ocorre. Esse fato contribui para que a fibrose pulmonar seja uma doença temida. Sem saber as causas, fica difícil prevenir e tratar o quadro.
Essa doença tem cura?
Até o momento, o transplante de pulmão
é a única cura possível para a fibrose pulmonar idiopática, e ainda assim o transplante não é para todos. Por se tratar de um procedimento complexo, com vários riscos envolvidos, os pacientes precisam estar aptos para se submeterem à cirurgia.
Também é preciso que haja um doador compatível, o que pode levar algum tempo para acontecer. A dica é consultar um especialista respiratório para analisar o seu caso.
É possível sobreviver à fibrose pulmonar idiopática?
Embora não haja
uma cura além do transplante pulmonar, existem diversos tratamentos
disponíveis. Alguns ajudam a aliviar os sintomas, enquanto outros retardam os avanços da doença.
É preciso conversar
com um médico especialista
para descobrir qual abordagem é a mais adequada. Veja as principais:
- Medicamentos anti-fibróticos foram desenvolvidos nos últimos anos para tratar a fibrose pulmonar idiopática, e já foi comprovado que eles diminuem o ritmo progressivo da doença;
- A reabilitação pulmonar é um programa de exercícios que ajuda o paciente a maximizar o potencial pulmonar, facilitando a respiração e consequentemente a execução das atividades básicas do cotidiano;
- Os medicamentos supressores da tosse reduzem sua frequência e melhoram a qualidade de vida do paciente;
- Antiácidos melhoram o quadro de azia e má digestão e protegem os pulmões do refluxo ácido, que causa enorme desconforto em pacientes com fibrose pulmonar idiopática;
A oxigenoterapia
leva mais oxigênio para o corpo do paciente e alivia a falta de ar. Por outro lado, carregar o cilindro de oxigênio pode limitar a movimentação e pode não ser uma boa alternativa para pacientes mais ativos. Infelizmente, na medida que a fibrose progride, o cilindro será necessário em boa parte dos casos.
Qual a expectativa de vida de alguém com fibrose pulmonar?
O tempo médio
de sobrevivência desde o diagnóstico era de três a cinco anos. Mas isso era uma média geral. Hoje em dia, com os novos tratamentos anti-fibróticos, essa expectativa tem aumentado de forma considerável, podendo passar dos 10 anos.
A quantidade de cicatrizes nos pulmões depende de quanto a doença já progrediu desde o diagnóstico. É importante ressaltar
que cada paciente reage de maneira diferente à doença.
Algumas pessoas podem experimentar apenas os sintomas mais leves durante anos, enquanto outros pacientes podem ter complicações rapidamente.
Quais são os sinais de fibrose pulmonar no estágio final?
Os sintomas
da fibrose pulmonar idiopática tendem a ser os mesmos até o final, com diferença na sua intensidade. Dificuldade respiratória e tosse são os sintomas mais comuns.
Cansaço, perda de apetite e dificuldade de locomoção são consequências da progressão da doença.
Quão rápido a fibrose pulmonar progride?
Há uma
grande variação na evolução da doença. A maioria dos casos são caracterizados por uma evolução lenta ao longo de anos, enquanto em outros a evolução se dá de maneira rápida e implacável, com alta taxa de letalidade, especialmente nas exacerbações.
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