O que é tuberculose e por que acontece?
Você sabe o que é tuberculose? Ela é uma doença grave, que, apesar de parecer ter ficado no passado, ainda está bastante presente nos dias atuais. Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil registra 200 casos de tuberculose por dia. No mundo, são 10 milhões de casos por ano e mais de um milhão de mortes.
Apesar de ser uma infecção altamente perigosa, a tuberculose tem cura se diagnosticada rapidamente e tratada adequadamente conforme orientação médica.
Neste artigo, vamos explicar melhor o que é tuberculose e por que ela acontece. Entenda a seguir!
O que é tuberculose?
A tuberculose é uma doença infecciosa causada por um tipo específico de bactéria, o Mycobacterium tuberculosis, conhecido também como bacilo de Koch, que recebeu esse nome por causa de Robert Koch, responsável por identificar o microrganismo em 1882.
A doença é transmissível pelo ar e a pessoa contrai o micróbio por meio da inalação de aerossóis emitidos por alguém infectado. Essas partículas contaminadas podem ser expelidas pela fala, espirros e, sobretudo, pela tosse.
A tuberculose pode afetar vários órgãos, mas o mais comum é o acometimento dos pulmões.
A tuberculose fora dos pulmões (extrapulmonar) pode atingir a pleura, os gânglios linfáticos (linfonodos), a meninge, os ossos, os rins, o intestino e entre outros órgãos. Este tipo é mais comum em pacientes com HIV, que apresentam comprometimento do sistema imunológico.
Já a forma pulmonar é mais frequente e preocupante em termos de saúde pública, pois ela é responsável por manter a cadeia de transmissão da tuberculose.
Os sintomas gerais da doença são:
- Febre (principalmente vespertina);
- Sudorese (suor excessivo) noturna;
- Perda de apetite;
- Emagrecimento;
- Cansaço crônico;
- Fraqueza.
Além desses, também há os sintomas específicos da tuberculose pulmonar, que são:
- Tosse seca ou produtiva (com catarro) por duas semanas ou mais;
- Eliminação de catarro;
- Expectoração com sangue.
Por que a tuberculose acontece?
A tuberculose acomete mais comumente pessoas que estão com algum grau de comprometimento do seu sistema imunológico. Além disso, a doença está bastante associada a condições precárias de vida. Assim, os grupos mais suscetíveis à tuberculose são:
- Indígenas;
- Pacientes com HIV ou AIDS;
- Pessoas em situação de privação de liberdade;
- Pessoas em situação de rua;
- Pacientes em quimioterapia ou usando drogas imunossupressoras;
- Pacientes com comorbidades graves.
Além disso, pessoas que convivem com pacientes que têm tuberculose ficam mais expostas ao bacilo de Koch e, portanto, mais vulneráveis a contrair a doença. É o caso, por exemplo, de pessoas que trabalham em hospitais, prisões ou albergues.
Mas isso não significa que quem tem contato com uma pessoa infectada desenvolverá necessariamente a doença. A contaminação depende de uma combinação da imunidade de quem está sendo exposto, assim como da carga e tempo de exposição ao bacilo de Koch.
Também é importante mencionar que as altas taxas de transmissão e de mortalidade podem estar ligadas a um tratamento feito de modo inadequado.
Isso porque o tratamento com antibiótico é longo – duração mínima de 6 meses – e muitas vezes os pacientes param de tomar a medicação ao sentirem melhora nas primeiras semanas.
Como consequência, as bactérias podem adquirir resistência ao remédio, e a tuberculose acaba voltando e, muitas vezes, até de modo mais grave.
Como visto, a tuberculose é uma doença séria e ainda presente nos dias de hoje. Por isso, havendo sintomas, é fundamental consultar um médico o quanto antes para o devido diagnóstico e tratamento.
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