Asma: Diagnóstico, Tratamento e Como o Frio Pode Influenciar a Doença
A asma é uma doença respiratória crônica que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Ela ocorre quando as vias aéreas dos pulmões ficam inflamadas e estreitas, dificultando a passagem de ar. Os sintomas mais comuns incluem falta de ar, chiado no peito, tosse e sensação de aperto no peito. Embora a asma não tenha cura, com o diagnóstico adequado e o tratamento correto, a qualidade de vida dos pacientes pode ser muito melhorada.
O diagnóstico da asma é realizado por um médico, geralmente um pneumologista ou alergista, que pode suspeitar da doença com base na história clínica do paciente. O médico avaliará os sintomas apresentados, como dificuldade para respirar, chiado no peito e tosse persistente, e verificará a frequência e intensidade desses episódios.
Para confirmar o diagnóstico, o profissional pode solicitar exames complementares, como a espirometria. Este exame mede a quantidade de ar que uma pessoa consegue exalar e com que rapidez, ajudando a identificar obstruções nas vias aéreas. Além disso, testes de alergia também podem ser realizados, uma vez que a asma é frequentemente desencadeada por alergias a fatores como poeira, mofo, pêlos de animais e pólen.
O tratamento da asma geralmente envolve o uso de medicamentos que podem ser divididos em duas categorias: medicamentos de controle e medicamentos de alívio.
Os
medicamentos de controle são usados para reduzir a inflamação das vias aéreas e prevenir os sintomas. O principal medicamento de controle são os corticosteróides inalatórios, que devem ser usados diariamente, mesmo quando o paciente não estiver apresentando sintomas.
Já os
medicamentos de alívio, como os broncodilatadores de curta ação, são usados para tratar crises agudas de asma, proporcionando alívio imediato dos sintomas, como falta de ar e chiado. Estes medicamentos têm ação rápida, mas não atuam sobre a inflamação das vias aéreas.
A adesão ao tratamento é essencial para o controle da asma. Pacientes que não seguem corretamente as orientações médicas podem experimentar um agravamento da doença, o que leva a mais hospitalizações e uma piora na qualidade de vida.
Para quem tem asma, o clima frio pode ser um fator desencadeante importante, podendo pode piorar os sintomas da doença de diversas maneiras. O ar frio e seco pode irritar as vias aéreas, favorecendo a inflamação e dificultando a respiração. Além disso, no inverno, as pessoas tendem a ficar mais tempo em ambientes fechados, o que pode aumentar a exposição a alérgenos como ácaros, fungos e poluentes, fatores que também agravam a asma.
Em situações de crise, o paciente deve seguir as orientações médicas, e o uso correto de broncodilatadores e corticoides pode fazer toda a diferença para controlar a asma e evitar complicações mais graves. Além disso, a vacinação contra influenza e contra pneumococo, que é altamente recomendada para asmáticos, ajuda a prevenir infecções respiratórias que podem desencadear crises.
A asma é uma doença crônica que pode ser bem controlada com diagnóstico adequado e tratamento contínuo. No entanto, os pacientes precisam estar atentos aos fatores ambientais que podem piorar a condição, como o frio. Com cuidados apropriados e acompanhamento médico, é possível levar uma vida saudável e ativa.
Responsável Técnico:
Dra. Carolina Salim G. Freitas
CRM 131517