Tratamento para fibrose pulmonar idiopática: antifibróticos
A fibrose pulmonar idiopática é uma doença crônica que acomete o tecido dos pulmões. Em indivíduos saudáveis esse tecido deve ser macio e flexível para permitir uma respiração natural e eficiente.
Quando ocorre a fibrose, o tecido pulmonar passa por um processo de cicatrização inadequado, tornando o órgão rígido e danificado. Cheio de cicatrizes, o pulmão tem sua função comprometida, o que gera sintomas como dificuldade respiratória, tosse e cansaço, prejudicando a qualidade de vida do paciente e baixos níveis de oxigenação.
Se você sofre com essa doença, confira a seguir como funciona o tratamento com
antifibróticos, um medicamento que ajuda a desacelerar a progressão da fibrose pulmonar idiopática!
Como funciona o tratamento?
A fibrose pulmonar idiopática é uma doença progressiva, ou seja, ela piora ao longo do tempo. Além disso, os danos da cicatrização são irreversíveis.
O único meio de cura existente atualmente é o transplante de pulmão. Contudo, o procedimento é complexo, envolve riscos, necessita de doador compatível e nem todos os pacientes são elegíveis para se submeter a uma cirurgia de transplante.
Por isso, uma das principais opções de tratamento para a fibrose pulmonar idiopática é o controle da evolução da doença e de seus impactos, o que ajuda a aliviar os sintomas.
Para tanto, existem diferentes abordagens terapêuticas, cuja escolha mais adequada deve ser avaliada com um médico especialista. As principais opções de tratamento são:
- reabilitação pulmonar para otimizar a capacidade física do paciente;
- medicamentos supressores da tosse para garantir maior bem-estar;
- antiácidos para proteger os pulmões e evitar que o refluxo ácido os atinja;
- oxigenoterapia para reduzir a sensação de falta de ar nos pacientes com níveis baixos de oxigênio no sangue;
- e medicamentos antifibróticos, eficazes no controle da progressão da doença.
O que são antifibróticos?
Dentre os medicamentos possíveis para tratar a fibrose pulmonar idiopática, os antifibróticos foram desenvolvidos para evitar o avanço da doença, minimizar os sintomas e proporcionar mais qualidade de vida ao paciente.
Medicamentos como Nintedanibe e Pirfenidona, por exemplo, são antifibróticos eficientes para controlar a perda de função pulmonar progressiva e a piora dos sintomas.
Eles ajudam a desacelerar a velocidade do processo de cicatrização ocasionada pela doença.
Vale lembrar que os antifibróticos não trazem a cura da fibrose pulmonar, mas reduzem o ritmo da progressão da doença e aliviam alguns sintomas. Com isso, o paciente pode ter mais bem-estar no dia a dia, preservar sua função pulmonar e prolongar a sobrevida.
Assim, o tratamento com antifibróticos pode ser uma boa forma de garantir mais autonomia aos pacientes em seu cotidiano, permitindo que eles continuem a realizar suas atividades.
A eficácia dos antifibróticos no retardo da doença têm mostrado que esses medicamentos ajudam a complementar as ações terapêuticas adotadas para melhorar a qualidade de vida do paciente com fibrose idiopática.
Mas é importante lembrar que, mesmo que sejam altamente toleráveis, os antifibróticos podem causar efeitos colaterais como qualquer medicamento, tais como desconforto gastrointestinal e sensibilidade à luz.
Para a escolha do tratamento mais adequado, é fundamental consultar um especialista. Assim, além de realizar um diagnóstico preciso, o médico avaliará as condições do paciente para indicar a terapia ideal para cada caso.