Perguntas frequentes sobre DPOC – Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é um conjunto de distúrbios pulmonares que afetam a capacidade respiratória. Normalmente, ela ocorre devido a uma reação inflamatória a gases e partículas presentes no meio ambiente que, ao atingirem o pulmão, levam à obstrução no fluxo de ar.
A DPOC já ocupa a 5ª posição em causas de morte no Brasil e, anualmente, é responsável por 290 mil novas internações. Apesar desses números altos, a doença ainda é pouco conhecida e divulgada , o que dificulta o seu diagnóstico e, principalmente, a realização do tratamento adequado.
A fim de ampliar o conhecimento em relação a este assunto, selecionamos as perguntas mais frequentes sobre a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e as respondemos para você. Confira!
As 6 perguntas mais frequentes sobre DPOC
1 – Ser fumante é um fator de risco para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica?
De acordo com um estudo , cerca de 15% das pessoas que fumam um maço de cigarro por dia e 25% dos que fumam mais de um maço desenvolvem a doença. Desta forma, uma das recomendações médicas para evitar DPOC é ficar longe do tabaco.
Inclusive, quem já foi diagnosticado com essa doença respiratória, consegue evitar a progressão do quadro e melhorar a sua qualidade de vida se parar com esse vício.
2 – Após ser diagnosticado com DPOC grave, quanto tempo a pessoa tem de vida?
Não é possível estabelecer um limite de tempo que um portador da doença pode viver. Mesmo nos casos mais graves, se realizar o tratamento adequado e adotar hábitos saudáveis, é possível ter uma vida plena.
3 – É possível que os medicamentos, com o tempo, percam o efeito?
É possível sim que um tratamento deixe de ser eficaz. Mas não é que a medicação deixe de fazer efeito, e sim porque a doença mudou. O tratamento medicamentoso é indicado de acordo com o grau da doença e os sintomas apresentados. Caso a DPOC progrida, ou seja, piore os sintomas, é preciso rever a terapia e as dosagens utilizadas, pois os remédios podem não estar sendo os mais apropriados para aquele momento.
4 – Como evitar ataques de pânico nos momentos de falta de ar?
A falta de ar é um dos sintomas mais comuns das doenças respiratórias e é normal que ela seja consequência de crises de ansiedade ou de pânico. Na DPOC, o pulmão passa a precisar de um tempo maior para se esvaziar na expiração. Assim, toda vez que aumentamos a frequência respiratória, como nos exercícios e nas crises de ansiedade, a represamento de ar nos pulmões doentes causa falta de ar.
Para evitar as crises, uma ótima alternativa é praticar reabilitação pulmonar , que consiste em exercícios de fortalecimento da musculatura respiratória e corporal, além de técnicas de respiração para otimizar o fluxo de entrada e saída do ar.
5 – A cirurgia para Enfisema Pulmonar pode oferecer algum risco?
Alguns poucos e raros casos de DPOC podem ser candidatos a tratamento cirúrgico. Trata-se da Cirurgia Redutora de Volume pulmonar, em que regiões extensas de pulmão enfisematoso é retirada. Na DPOC, o pulmão passa a precisar de um tempo maior para se esvaziar na expiração. Assim, há uma tendência de aprisionamento de ar e aumento do volume dos pulmões. O procedimento cirúrgico é considerado um tratamento eficiente, porém apresentam riscos que precisam ser considerados caso a caso.
6 – É possível ter falta de ar utilizando oxigênio suplementar?
Mesmo que a função dos tubos de oxigênio seja melhorar a sensação de falta de ar, é possível sim ter o sintoma mesmo durante seu uso. A falta de ar na DPOC pode estar associada a outros fatores que não a falta de oxigênio no sangue, como:
- Hiperinsuflação pulmonar: aprisionamento excessivo de ar nos pulmões, porque o pulmão passa a precisar de um tempo maior para se esvaziar na expiração. Assim, a caixa torácica, principalmente os músculos respiratórios, ficam em posição pouco vantajosa para realizar a respiração, causando falta de ar.
- Retenção de gás carbônico: uma das funções dos pulmões é eliminar este gás do corpo, e em situações avançadas ou de piora aguda pulmonar, essa função pode estar comprometida.
É importante, portanto, realizar exames complementares para descobrir o que está prejudicando o fluxo de ar e tratá-lo adequadamente.
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