A bronquiectasia é uma doença pulmonar de longo prazo que ocorre quando há uma dilatação anormal e irreversível dos brônquios. Geralmente, está associada a inflamação nas vias aéreas e no parênquima pulmonar.
Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 2003 e 2013, apenas 0,37% de todas as internações
causadas por doenças respiratórias crônicas estavam relacionadas especificamente à bronquiectasia.
Apesar da taxa pequena, ela continua sendo uma causa comum de morbidade e mortalidade. Principalmente, quando o paciente possui outra doença hereditária, como fibrose cística e estados de imunodeficiência.
Neste artigo, explicaremos o que é bronquiectasia, seus sintomas mais comuns e porque ela ocorre. Boa leitura!
O que é bronquiectasia?
Também conhecida como
bronquiectasia não fibrose cística, ela se desenvolve quando ocorre a destruição dos componentes elástico e muscular das paredes dos brônquios, levando a dilatação permanente do órgão.
Como as vias respiratórias de quem sofre da doença são mais largas que o normal, há maior acúmulo de muco. Consequentemente, são maiores os riscos de contrair infecções pulmonares e de ocorrer inflamação do pulmão.
Tudo isso pode bloquear ou danificar parte deste órgão, prejudicando o seu funcionamento de transporte de oxigênio. Logo, o paciente pode apresentar alguns sintomas característicos, como:
- Tosse, geralmente com secreção;
- Falta de ar mesmo ao realizar atividades corriqueiras, como subir escadas;
- Fadiga;
- Sensação de desconforto no peito;
- Infecções respiratórias, também chamadas exacerbações.
Os sinais da doença podem variar de acordo com o paciente, já que cada organismo reage de uma forma diferente. Por serem observados esses sinais também em outras doenças pulmonares mais comuns, como
asma, não é possível diagnosticar a doença apenas através de análise clínica.
Geralmente, é solicitada a realização de tomografia
para o diagnóstico preciso. Além disso, é feita uma avaliação da causa-raiz do problema, que igualmente precisa ser tratada para interromper a piora do quadro.
Por que a bronquiectasia acontece?
São vários os fatores que podem desencadear a doença. Na maioria das vezes, ela é causada por episódios repetidos de infecção pulmonar, como pneumonia ou tuberculose. Asma aguda e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) igualmente costumam estar associadas à ocorrência da bronquiectasia.
Há, ainda, outros possíveis fatores de risco
que podem afetar diretamente as estruturas dos brônquios. São eles:
- Obstrução ou bloqueio das vias respiratórias após inalação de algum corpo estranho;
- Doenças genéticas, como discinesia ciliar primária (DCP)
- Doenças em que o sistema imunitário é afetado, como doenças reumatológicas, HIV e retocolite ulcerativa.
Procure ajuda médica aos primeiros indícios da doença
Além de causar incômodos diversos, como falta de ar e dor no peito, ela pode levar à óbito devido às infecções graves e de repetição, além do risco de sangramento das vias aéreas. Logo,
é essencial procurar ajuda médica aos primeiros indícios
de que há algo errado para que, se necessário, seja iniciado o tratamento adequado.
É importante destacar que a terapia das bronquiectasia tem como objetivo evitar ou limitar a ocorrência de novos danos ao parênquima pulmonar, bem como reduzir a frequência de exacerbações. Além disso, visa manter a qualidade de vida do paciente, permitindo que possa realizar suas atividades o mais normal possível.
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